O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF- RJ) apresentou nova denúncia contra o ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB), a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo e mais dois assessores. A acusação é de crime de lavagem de dinheiro. Cabral já é réu em 9 processos, e na semana passada foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um deles.
A nova acusação, de lavagem de dinheiro, foi apresentada pelos procuradores na sexta-feira, segundo revelou o Fantástico, da TV Globo. Os procuradores se basearam em documentos apresentados pela joalheria H.Stern, que firmou acordo de leniência.
O MPF-RJ sustenta que o casal adquiriu 189 joias e pedras preciosas em joalherias, ao custo de R$ 11 milhões. Segundo o MPF-RJ, as peças seriam prova de crime. Uma delas chegou a custar R$ 1,8 milhão. Do total de joias, contudo, apenas 40 foram encontradas. A procuradoria agora quer saber onde foram parar as outras 149.
“Não foram encontradas até hoje, e, portanto, podem estar em qualquer lugar”, afirmou o procurador Sergio Pinel, em entrevista ao Fantástico.
No mesmo processo em que condenou Cabral, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, absolveu a ex-primeira-dama dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro sob a alegação de não haver “prova suficiente de autoria ou participação” da mulher do ex-governador do Rio de Janeiro em desvios do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj),da Petrobras.
Estadão Conteúdo