O Ministério Público Federal (MPF), reforçou o pedido da condenação judicial contra o ex-marqueteiro do PT João Santana, a mulher dele Monica Moura, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e mais cinco réus em um processo da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé. Entre os crimes citados estão lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção.
As alegações foram protocoladas no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná na noite de terça-feira (23) e são a última etapa na tramitação dos processos, antes da sentença do juiz.
No documento, o MPF pediu a absolvição do operador Zwi Skornicki e do ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa por lavagem de dinheiro.
As investigações da 23ª fase acusam Santana de receber US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões de Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. Zwi é representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels e, segundo o MPF, foi citado por delatores do esquema como elo de pagamentos de propina.
"É certo que João Cerqueira de Santana Filho e Monica Regina Cunha Moura não são agentes públicos, mas se, como afirma a Acusação, receberam conscientemente recursos provenientes de acertos de propinas entre dirigentes da Petrobras e empresas fornecedoras da estatal, são passíveis de responsabilização por crime de corrupção passiva", afirmou o juiz Sérgio Moro ao aceitar a denúncia, em abril deste ano.
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