O Ministério Público Federal denunciou 15 pessoas, por suspeitas de irregularidades na construção de um centro de pesquisas da Petrobras, no Rio de Janeiro. O centro foi objeto de uma das fases mais recentes da operação Lava Jato, batizada de "Abismo". Executivos das empresas que fizeram as obras são acusados de pagar R$ 20 milhões em propina, para fechar o contrato.
O ex-presidente da Construtora OAS, Leo Pinheiro e outras 14 pessoas são acusadas de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de cartel. Segundo o MPF, eles fraudaram o contrato para construção do novo Centro de Pesquisas da Petrobras, no Rio de Janeiro.
Também participaram da licitação fraudada em 2008 as construtoras Schahin, Carioca Engenharia, Construcap e Construbras. Inicialmente, a obra estava orçada em R$ 850 milhões, mas acabou custando mais de R$ 1 bilhão para os cofres públicos. Segundo a denúncia do MPF, R$ 20 milhões foram pagos como propina para o diretor de serviços, Renato Duque, e também para o Partido dos Trabalhadores, através de Paulo Ferreira, então tesoureiro.
Em outra investigação, a partir da Lava Jato, o empreiteiro Leo Pinheiro também foi indiciado pela polícia, acusado de fraudar uma licitação de um programa habitacional na prefeitura de São Paulo, durante a gestão de Gilberto Kassab, hoje ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações.
O Partido Progressista era um dos beneficiados do esquema. Leo Pinheiro já foi condenado em uma ação da Lava Jatoa 16 anos de prisão.
O Partido Progressista voltou a dizer que não admite a prática de atos ilícitos e confia no trabalho da Justiça.
Em nota, Gilberto Kassab afirmou que a licitação para as obras do Centro de Pesquisas seguiu a lei e que o poder público não pode ser responsabilizado por eventuais atos praticados por empresas ou consórcios privados.
A Carioca Engenharia e a Construcap não vão comentar.
Fonte: G1