Brasil

MP apura entrada de ceia de Natal e mais privilégios de Adriana Ancelmo em Bangu

Mulher de Cabral teria recebido ceia de Natal autorizada por secretário, como mostra registro manuscrito

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Folha de controle de Presídio Joaquim Ferreira (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) investiga a informação de que o secretário de Administração Penitenciária, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, autorizou a entrada de uma ceia de Natal para Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral. Desde sexta (31), ela cumpre prisão domiciliar.

Esse teria sido apenas mais um dos privilégios de Adriana enquanto esteve no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, segundo denúncias de agentes penitenciários.

Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) disse que "essa informação não procede".

Em todas as unidades prisionais do Rio, há em sua portaria um livro de controle, em que a equipe de agentes penitenciários de plantão relata todos os fatos fora da rotina. No dia 25 de dezembro de 2016, às 12h40, os supervisores chamaram a atenção para a chegada de uma ceia de Natal enviada, segundo eles, para Adriana Ancelmo, com a autorização de Erir, secretário responsável pelos presídios do Rio (veja na imagem acima).

Os agentes relatam o presente e liberam a sua entrada na unidade justificando que não havia problemas à segurança da unidade. Segundo agentes penitenciários e promotores ouvidos pelo G1, durante os pouco mais de três meses em que esteve presa, Adriana Ancelmo obteve vantagens no cárcere.

A mulher do ex-governador Sérgio Cabral recebeu, segundo os relatos, comida de fora da unidade e obteve o direito de gastar R$ 400 por semana na cantina do presídio. Até a sua entrada no local, cada detento só podia gastar R$ 100 semanais com os lanches e refeições. Frango e camarão passaram a integrar o cardápio da cantina, que era restrito a carne de segunda até a chegada da ex-primeira-dama.

Reprodução/G1