A polícia do Rio suspeita que a morte de Aga Lopes Pinheiro, pré-candidata a vereadora de Magé, tenha sido uma execução. No entanto, o delegado Evaristo Pontes, adjunto da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), afirmou que é "prematuro" dizer se o motivo do crime é político.
"Foram ouvidas testemunhas, mas não dá para a gente afirmar ainda qual é a motivação. São várias linhas de investigação. Um fato que a gente pode até colocar como principal linha [de investigação] é que houve uma execução. Agora, qual é a motivação a gente não tem como afirmar agora", afirmou o investigador.
Testemunhas afirmaram que, por volta das 22h30, quatro suspeitos desceram de um carro e fizeram vários disparos contra a vítima, que estava num bar na rua em que morava. O marido de Aga, que estava com ela, não ficou ferido.
O assassinato de Aga é o 11º caso na Baixada que tem como vítima alguém ligado à política. O delegado afirma que há semelhanças entre os casos, mas que ainda não é possível afirmar que os autores são os mesmos.
"É um dado que chama atenção sim, mas tem muitos casos de homicídio na Baixada Fluminense. Não dá para dizer que todos estes crimes tem motivação política", diz Evaristo.
Morta no fim da noite de terça-feira (12), Aga tinha 49 anos, era presidente da associação de moradores do bairro Barbuda e pré-candidata a vereadora pelo DEM. Em nota, o partido lamentou a morte de Aga.
"O Partido Democratas, estarrecido com tanta violência no Estado do Rio, lamenta a morte da pré-candidata Aga Lopes e confia nas investigações para esclarecer esse crime bárbaro!", dizia o texto.
Os agentes da DHBF já sabem que Aga era presidente da associação do bairro há três anos e que ela estava com muitas dívidas.na região. A suspeita de crime político levou a Procuradoria Regional Eleitoral a pedir que um inquérito seja aberto na Delegacia de Polícia Federal de Nova Iguaçu para também investigar a morte de Aga.
Reprodução/G1