Ao rejeitar, mais uma vez, insistentes pedidos do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para ficar preso em Brasília, o juiz federal Sérgio Moro justificou, nesta segunda-feira, 20, que o peemedebista deve continuar cumprindo sua pena de 15 anos e 4 meses na Lava Jato para ficar ‘distante de seus antigos parceiros criminosos’. O parlamentar cassado foi transferido para a capital federal em setembro para ser interrogado sobre supostos desvios na Caixa Econômica Federal. Desde então, ele tem feito reiterados pedidos para ficar preso no Planalto Central.
“Não é conveniente a transferência definitiva do condenado para Brasília ou para o Rio de Janeiro, considerando o modus operandi da prática de crimes pelo condenado, com utilização de sua influência política para obtenção de vantagem indevida mediante corrupção”, anotou o magistrado.
Para Moro, a “influência política” do ex-deputado “em Curitiba é certamente menor do que em Brasília ou no Rio de Janeiro”. “Mantê-lo distante de seus antigos parceiros criminosos prevenirá ou dificultará a prática de novos crimes e, dessa forma, contribuirá para a apropriada execução da pena e ressocialização progressiva do condenado”.
Estadão Conteúdo // AO