Brasil

Ministro autoriza secretária da Saúde a não responder à CPI sobre fatos entre dezembro e janeiro

Ela é alvo de ação na Justiça Federal do Amazonas

Anderson Riedel/Presidência da República
Anderson Riedel/Presidência da República

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (21) a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, a não responder a perguntas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, sobre fatos entre dezembro e janeiro. 

A servidora deverá ser ouvida na CPI na próxima terça-feira (25). O ministro levou em conta documentos apresentados pela defesa que demonstram que Mayra é ré em ação de improbidade administrativa, ao lado do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A ação apura responsabilidade dos agentes públicos por fatos ocorridos durante o recrudescimento da pandemia no Estado do Amazonas, ocorrido nesse período. Quanto aos demais fatos, ela deverá se pronunciar sem reservas, especialmente acerca de sua atuação na secretaria.

No dia 18 de maio, Lewandowski havia indeferido o pedido para que Mayra Pinheiro permanecesse em silêncio no depoimento à CPI. No pedido de reconsideração, a defesa pretendia que fossem estendidos a ela os efeitos da liminar concedida a Pazuello antes do depoimento do ex-ministro à CPI, que proibiu a imposição de constrangimentos físicos ou morais ao depoente. Segundo os advogados, como a ação de improbidade administrativa corre em segredo de justiça, a secretária não tinha conhecimento do processo quando impetrou o HC no Supremo.