O medicamento Mounjaro está bem perto de chegar às mãos dos brasileiros, isso porque a caneta passará a ser vendida no Brasil a partir do dia 7 de junho. Apesar de aprovada pela Anvisa desde 2023, os brasileiros só tinham acesso à nova droga por meio de importação.
Considerado o grande concorrente do Ozempic, o Mounjaro chega às farmácias como opção para o tratamento de diabetes e da obesidade, assim como o primeiro medicamento citado. Ao PS Notícias, o médico endocrinologista Eduardo Quadros explica que as duas medicações agem de forma semelhante.
Como funciona o Mounjaro?
O especialista explicou que o Mounjaro é uma medicação desenvolvida para tratar diabetes e obesidade, produzindo em uma só substância o efeito de dois hormônios que o intestino produz quando nos alimentamos: o GPI e o GLP-1.
“Esses hormônios atuam em vários órgãos, mas seus principais efeitos ocorrem no pâncreas, onde aumentam a secreção de insulina, hormônio essencial para o controle do açúcar do sangue, e no cérebro, onde reduzem o apetite”, explica.
Isso significa que enquanto o Ozempic atua de forma semelhante ao hormônio GLP-1, o Mounjaro induz efeitos de dois hormônios ao mesmo tempo.
Mounjaro x Ozempic
A semelhança entre as duas medicações se dá na possibilidade de usar injeções semanais, além da melhora da glicemia, que proporciona grande emagrecimento.
“Embora não tenham sido adequadamente comparados numa mesma população, temos dados que sugerem maior potência do Mounjaro”, opina o doutor.
Mounjaro para emagrecimento, pode?
Quadros afirmou que é possível usar o Mounjaro para emagrecimento, e que o medicamento apresenta resultados iguais ou talvez até melhores que os do Ozempic. “Pode ajudar muitos pacientes a atingir um peso mais saudável e melhorar sua qualidade de vida”, declara.
Malefícios
O endocrinologista explica ainda que é necessário ter cuidado com as medicações novas.
“Devemos ter uma cautela extra na prescrição e no acompanhamento dos pacientes. Os principais efeitos colaterais são os gastrointestinais (refluxo, vômitos, diarreia, constipação), além do risco de queda exagerada do açúcar naqueles que usam certas medicações para diabetes. Temos que começar com doses muito baixas e progredir lentamente para tentar prevenir esses efeitos indesejáveis”, diz.
“De uma forma geral, entretanto, parecem, além de seguras, capazes de trazer benefícios importantes, até reduzindo o risco cardiovascular nos diabéticos”, completa.
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