O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, divulgou uma nota nesta quinta-feira (28) em que nega ter condicionado a liberação de financiamentos públicos em troca do apoio à aprovação da reforma da Previdência. Na terça-feira (26), em entrevista coletiva, o ministro afirmou que governadores interessados em receber recursos federais terão que ajudar o Palácio do Planalto a conseguir o apoio necessário junto aos deputados para aprovar a proposta. Ele reitera, porém, que irá "dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo, pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita". A declaração dele de terça-feira teve repercussão negativa e, em reação, um grupo de governadores do Nordeste enviou uma carta pública ao presidente Michel Temer na quarta-feira (27) com críticas ao que consideraram ser uma pressão por parte de Marun.
No documento, os governadores afirmam que, caso a "ameaça se confirme", não hesitarão em promover a responsabilidade "política e jurídica" dos agentes públicos envolvidos. Segundo apurou o G1, apenas os governadores de Sergipe e Rio Grande do Norte não assinaram a carta. Na nota, Marun afirmou que as críticas têm fins eleitoreiros e enfatizou que a concessão de financiamentos públicos são ações de governo. A reação daqueles que querem continuar omitindo a participação do Governo Federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos públicos só se justifica pela intenção de buscar resultados eleitorais exclusivamente para si. Estes defendem a equivocada tese de que quem recebe financiamentos pratica ações de Governo e que quem os concede, não.
Reprodução: G1 – Política
da Redação