Você estaria disposto a lutar pelo Brasil caso o país se envolvesse em uma guerra? Para 62% dos brasileiros ouvidos pelo Datafolha, a resposta foi sim. Outros 37% afirmaram que não estariam dispostos a entrar em combate, enquanto 1% disse não saber.
A concordância de pegar em armas pelo país em caso de guerra é maior entre homens (68%), mas também é majoritária entre as mulheres (56%).
A adesão à ideia também é maior entre os entrevistados mais velhos –o apoio é de 64% na faixa entre 45 e 59 anos e chega a 69% a partir dos 60 anos.
A disposição em lutar pelo país em caso de conflito armado também é maior entre eleitores que tem o ensino fundamental como escolaridade (68%).
Entre os que discordam, a maioria tem ensino superior (46%) e é jovem (40% nas faixas entre 16 a 24 anos e de 25 a 34 anos).
A pesquisa, realizada em dezembro, ouviu 2.077 pessoas em 130 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Em seu artigo 4º, a Constituição de 1988 traz como princípios norteadores das relações internacionais do Brasil a defesa da paz, a solução pacífica de conflitos e a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
O Brasil não toma parte em um grande conflito armado internacional desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando atuou ao lado dos Aliados contra a aliança formada por Alemanha, Itália e Japão.
O país atualmente contribui com tropas para missões de paz das Nações Unidas —segundo o Ministério da Defesa, já foram 50 mil militares enviados para cerca de 50 operações.
Entre outras ações, o Brasil liderou a Minustah, missão da ONU para estabilização do Haiti (2004-2017) e chefia a Força-Tarefa Marítima, que atua na costa do Líbano desde 2011. Em abril de 2018, o general brasileiro Elias Rodrigues Martins Filho foi escolhido para comandar a Monusco, força de paz da ONU na República Democrática do Congo.
Folha /// Figueiredo