A maioria dos brasileiros é contra a estratégia do governo Bolsonaro de facilitar a compra de arma de fogo no país, conforme aponta a nova rodada da pesquisa PoderData, realizada entre os dias 24 e 26 de abril.
Do total de entrevistados, 62% se posicionaram contra a flexibilização para aquisição de armas, enquanto 33% se dizem a favor da facilitação proposta pelo governo. Outros 5% não souberam responder.
A flexibilização do porte de armas e da compra de munição foi um dos principais motes da campanha do presidente Jair Bolsonaro e fez parte das suas promessas cumpridas.
Nos três primeiros anos de Bolsonaro no poder, triplicou no Brasil o registro de novas armas, com uma média anual de 153 mil novos revólveres, pistolas ou fuzis, comercializados no país.
Os homens são os que mais endossam a facilitação na compra de armas, sendo 45% a favor. Entre as mulheres, o índice é duas vezes menor, com somente 22% sendo favorável.
Os jovens são os mais resistentes à flexibilização, com 74% dos entrevistados entre 16 e 24 anos se posicionando contra a política do governo Bolsonaro.
A região Centro-Oeste aloca a maior proporção de pessoas a favor, com 47% concordando com a facilidade para adquirir armas.
A proporção a favor também aumenta de acordo com a renda, com maior aceitação (42%) entre os que recebem a partir de cinco salários mínimos.