O presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, afirmou que a paralisação dos caminhoneiros somente será suspensa se o Senado Federal aprovar o projeto que elimina a cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel até o fim ao ano e o presidente Michel Temer sancionar o projeto e publicá-lo no Diário Oficial da União.
"Se na reunião de hoje, às 14h, o ministro (Eliseu) Padilha (da Casa Civil) e os ministros participantes anunciarem está aqui, o presidente assinou, aí o movimento é suspenso. Não é só do óleo diesel que tem que tirar PIS/Cofins. Tem que tirar dos combustíveis. É o que nós esperamos hoje", afirmou o presidente à CBN.
A previsão dele é que a situação apenas seja normalizada em uma semana, ou mais. A proposta do PIS/Cofins foi aprovada nesta quarta (23) pela Câmara dos Deputados. O objetivo é reduzir o custo do litro do combustível e conter a paralisação nacional, que entrou em seu quarto dia, nesta quinta-feira (24).
A categoria ainda pleiteia que a Petrobras abandone a política de reajuste dos combustíveis, que resulta em aumentos quase diários. "Esses reajustes têm que ser feitos, no mínimo, em 60 dias. No máximo, em 90, para a gente se programar. O caminhoneiro sai do Rio Grande do Sul, abastece e paga R$ 5. Leva dois, três para chegar. No outro dia, paga R$ 5,30. No outro, R$ 5,50. Isso não pode acontecer. Tem que haver programação para que a gente não tenha prejuízo", afirmou Fonseca.
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