Em nova etapa da Lava Jato no Rio, agentes da Polícia Federal prenderam na manhã desta sexta-feira (3) o banqueiro Eduardo Plass, ex-presidente do Banco Pactual e sócio da corretora Opus Participações e do TAG Bank, com sede no Panamá. A decisão é do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal no Rio.
O banco é relacionado ao esquema de corrupção que uniu o ex-governador do RJ Sérgio Cabral e o empresário Eike Batista. Plass mora em Londres, mas estava de passagem pelo Rio, o que alertou as autoridades. Também foram presas Maria Ripper Kos, sócia de Plass, e Priscilla Moreira Iglesias.
Os procuradores descobriram que offshores de Plass (empresas em paraísos fiscais) foram usadas para adquirir joias pelo ex-governador na H.Stern. O Ministério Público afirma que a prática fazia parte do esquema de lavagem de dinheiro da corrupção. A rede de joalherias assinou acordo de leniência e ressalta colaborar com as autoridades.
Ainda segundo as investigações, uma conta no TAG Bank foi usada para o pagamento de 16 milhões de dólares (R$ 60 milhões) ao empresário Eike Batista, transferência que já foi alvo da Operação Eficiência – que apurou ocultação de mais de US$ 100 milhões do ex-governador Sérgio Cabral no exterior.
Plass também é sócio do empresário que vendeu a cobertura em que mora o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes. O banqueiro já tinha sido alvo de mandado em 2016, na Operação Calicute.
O caminho do dinheiro
As investigações do MPF apontam crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas cometidos pelos investigados, comandados por Eduardo Plass.
G1 // AO