A Justiça de Portugal decidiu extraditar o empresário Raul Schmidt, alvo da 25ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2016. A informação foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na manhã desta segunda-feira (29).
O empresário é suspeito de atuar no pagamento de propina a ex-diretores da Petrobras. Conforme o Ministério Público Federal (MPF), ele trabalhou como operador financeiro de Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Zelada, todos já condenados em ações penais derivadas da Lava Jato.
Schmidt é brasileiro nato, mas se naturalizou português em 2011. Ele mantinha uma galeria de arte em Londres, mas mudou-se para terras lusitanas depois do início da Operação Lava Jato.
O empresário foi preso em Portugal quando a 25ª fase da Lava Jato foi deflagrada, mas já respondia em liberdade pelo caso.
Por ter dupla cidadania, o empresário esperava continuar em Portugal. Conforme a PGR, a decisão de extraditá-lo partiu do Supremo Tribunal de Justiça de Portugal e já não cabe mais recurso.
A ordem da Justiça portuguesa, no entanto, prevê que Schmidt não possa ser responsabilizado por atos ilegais que tenha cometido antes de se naturalizar português.
Com a determinação judicial, ele passou a ser procurado pelas autoridades portuguesas e pode ser alvo de um novo mandado de prisão, expedido pela Justiça lusitana.
Fonte: G1 // AO