A Justiça de São Paulo ordenou que a Igreja Universal restitua R$ 30 mil a uma fiel com doença mental. De acordo com o site Uol, a doação foi realizada em agosto de 2017, quando a mulher tinha 42 anos.
De acordo com o processo movido pela família, a mulher parou de tomar seus medicamentos psiquiátricos sob a influência da Igreja, acreditando que sua condição era "espiritual".
A fiel, que havia sido internada pela primeira vez cinco anos antes, voltou a ser hospitalizada para tratamento psiquiátrico cerca de um mês após a doação à Universal.
Um laudo médico realizado na época diagnosticou a mulher com transtorno afetivo bipolar, caracterizado por agitação, comportamento agressivo e ameaçador, além de mania de grandeza.
"A oratória dos pastores tem um poder conhecido", afirmou a advogada Tula dos Reis Laurindo à Justiça. "A paciente, acreditando na possibilidade de cura, não só interrompeu o tratamento para sua doença mental grave, mas também foi levada a fazer a doação", destacou no processo.
A Igreja Universal argumentou perante a Justiça que não havia evidências de que a mulher não estava em condições de compreender o ato de doar.
"A segunda internação ocorreu mais de 45 dias após a data da doação alegada e mais de cinco anos depois da primeira internação", afirmou a Igreja no processo.
A Universal também alegou que não havia provas de que a mulher frequentava seus cultos ou mesmo de que ela havia feito a doação.