Brasil

Justiça determina que Alexandre Nardoni volte ao regime fechado

Ausência de teste psicológico é apontado como motivo da decisão

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A Justiça de São Paulo determinou nesta terça-feira (13) que Alexandre Alves Nardoni, 41 anos, condenado por matar a filha, volte para o regime fechado – quando o preso fica detido em tempo integral. Ele estava no semiaberto desde abril deste ano, com direito a deixar a prisão para trabalhar, retornando só para dormir. Além disso, no semiaberto, o preso tem direito a saídas temporárias em algumas datas – a última foi o Dia dos Pais.

Com a progressão do regime, o preso também pode reduzir um dia de prisão para cada dia trabalhado. São cinco as saídas temporárias por ano, de até sete dias cada. Com a decisão de hoje, todos esses benefícios foram perdidos por Nardoni.

A progressão foi cassada de maneira unânime pelos desembargadores Luís Soares de Mello Neto, Euvaldo Chaib e Camilo Léllis, da 4ª Câmara Criminal. O recurso para que ele voltasse ao regime fechado afirmava que ele precisava realizar o teste de Rorschach.

A Justiça entendeu que será preciso melhorar o exame criminológico de Nardoni e concordou que ele deve passar pelo teste, conhecido como "teste do borrão". Nesse exame, a avaliação psicológica é feita através de interpretação de desenhos.

Para o relator Luís Soares de Mello Neto, mesmo tendo cumprido os "requisitos temporais", a readaptação social de Nardoni "não se mostra suficientemente incontroversa". Ele diz que o exame em questão não foi feito apenas por ausência de um profissional apto e determina urgência no teste.

A defesa de Nardoni não foi encontrada para comentar o caso.

Saída
Nardoni deixou o presídio de Tremembé, em São Paulo, na quinta-feira passada, para a saída temporária do Dia dos Pais. Ele está no regime aberto desde abril deste ano. O retorno dele está marcado para a quara (14) e mesmo com a decisão da Justiça isso deve se manter.

Nardoni e a mulher, Anna Carolina Jatobá, 35, foram condenados pelo homicídio triplamente qualificado da filha dele, Isabella, 5, morta em 2008. A criança foi asfixiada e jogada do sexto andar onde morava o casal, no entendimento da Justiça. Anna Carolina, que era madrasta de Isabella, está no regime semiaberto desde agosto de 2017.

correio24h // AO