Brasil

Janot diz a 'detratores' que não vai retroceder nem desistir do combate à corrupção

Críticas ao procurador-geral da República se intensificaram depois da revisão de acordos de delação premiada de executivos da J&F. Eles são suspeitos de omitir informações em depoimentos.

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta terça-feira (12), em resposta a “detratores”, que não vai retroceder nem desistir do combate à corrupção. Em discurso durante lançamento de campanha contra a corrupção da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), ele destacou o avanço nos últimos anos do combate aos desvios.

“As instituições estão funcionando. As reações tem sido proporcionais. Como não há escusas para os fatos descobertos, escancaradamente comprovados, a estratégia de defesa não pode ser outra senão tentar desacreditar a figura das pessoas encarregadas do combate a corrupção. Temos que lembrar e fazer saber aos nossos detratores, que não conjugamos dois verbos: retroceder e desistir no combate à corrupção”, disse.

Desde a semana passada, as críticas a Janot se intensificaram com a abertura de uma investigação sobre supostas omissões na delação de executivos da J&F. A apuração foi iniciativa do próprio procurador-geral, após análise de uma conversa gravada entre um dos sócios da empresa, Joesley Batista e um de seus executivos, Ricardo Saud.

A principal suspeita é de que eles tiveram ajuda, em março, do então procurador Marcello Miller, ex-auxiliar de Janot, na seleção dos fatos e agentes públicos a serem delatados. No evento da Enccla, realizada na sede do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Janot não comentou sobre o caso no discurso e deixou o local sem falar com a imprensa.

Fonte: G1 (FA)