Após prometer enviar na próxima terça-feira sua proposta de reforma tributária, cobrada pelo Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que fica no governo Jair Bolsonaro até o fim.
Em um evento do mercado financeiro, ele chamou a atenção ao dizer que só deixará o cargo “abatido à bala”, mas depois se disse arrependido de ter usado a expressão. No entanto, advertiu que, se o governo ou o Congresso desistirem da agenda de reformas, terá que "ir para casa". — Eu só saio abatido à bala, removido à força. Eu tenho missão a cumprir — disse, quando questionado se ficaria até o fim do governo.
Em seguida, o ministro explicou sua declaração: — Aliás, não posso nem brincar disso, abatido à bala. Isso é uma linguagem desagradabilíssima, não tem nada disso. Isso é uma forma de brincar, mas ser decisivo na afirmação — afirmou.
Guedes disse que sua missão é cumprir a agenda de reformas estruturantes para a economia: — Nós temos uma agenda de reformas, é nesse sentido que eu digo que vou até o fim do governo, tem uma agenda a cumprir. Enquanto houver essa agenda a ser perseguida, eu estou aqui.
O ministro afirmou que se Bolsonaro ou o Congresso abandonarem essa agenda reformista, ele deixa o cargo. — Agora, se o presidente desistir da agenda, se o Congresso interditar a agenda, falar que não quer fazer a agenda, eu não tenho o que fazer, tenho que ir para casa — completou.
Reprodução: O Globo
Redação do LD