A relação comercial entre o Carrefour e os maiores frigoríficos brasileiros, como JBS, Marfrig e Masterboi, foi abalada na última semana. Após o CEO global do grupo, Alexandre Bompard, anunciar que a rede deixaria de comprar carne do Brasil, as principais empresas do setor decidiram interromper o fornecimento de seus produtos ao Carrefour no país, que também administra a rede Atacadão.
Suspensão e reação das entidades
O corte no fornecimento começou entre quinta-feira (21) e sexta-feira (22). As empresas envolvidas optaram por não comentar oficialmente.
Diversas associações, incluindo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), emitiram uma nota conjunta criticando a postura do Carrefour. No comunicado, afirmaram que, se o Mercosul não atende aos padrões do mercado francês, “também não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país”.
As entidades reforçaram o compromisso do setor com práticas responsáveis, sustentabilidade e segurança alimentar. Destacaram, ainda, que o Mercosul lidera a exportação global de carne bovina e de frango e foi fundamental no abastecimento internacional durante a pandemia.
Carrefour se manifesta sobre possível desabastecimento
O Carrefour Brasil, no entanto, garantiu que não há desabastecimento em suas lojas no país. No entanto, a Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) também entrou no debate, convocando empresários do setor de alimentação e hotelaria a boicotar a rede enquanto esta “desvalorizar os produtos brasileiros”.
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