A decisão do ministro Edson Fachin, de levar ao plenário o julgamento do habeas corpus do ex-presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, desagradou seus colegas no Supremo Tribunal Federal (STF). Relator da Lava Jato na corte, ele foi voto vencido, na terça-feira (27), quando a Segunda Turma decidiu anular a condenação do réu (saiba mais aqui) por entender que ele deveria apresentar suas alegações finais à Justiça depois dos delatores que o acusam e não ao mesmo tempo, como havia sido feito no caso.
Com isso, Fachin decidiu submeter o caso a todos os colegas, o que abre margem para um novo veredicto. Segundo informações do blog Painel, da Folha de S. Paulo, um grupo o chamou de "mau perdedor". Já outro viu a atitude como uma espécie de manipulação.
De acordo com a publicação, ministros da Primeira Turma pontuam que foi o próprio Fachin quem levou o caso para a pauta do seu grupo na ausência do ministro Celso de Mello. Com apenas quatro magistrados para julgar a ação, o risco de derrota seria maior, uma vez que Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski são vistos como garantistas, então, mesmo que a ministra Cármen Lúcia votasse contra o entendimento dos dois, o que não aconteceu, um empate já beneficiaria o ex-presidente do banco.
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