O Exército brasileiro será investigado pela compra de 60 próteses penianas infláveis no valor de R$ 3,5 milhões. O caso foi denunciado pelo deputado Elias Vaz, do PSB de Goiás, e pelo senador Jorge Kajuru, do Podemos do mesmo estado e será investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a publicação do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, o Portal da Transparência e o Painel de Preços do governo federal apontam a realização de três pregões eletrônicos em 2021, para a compra dos produtos.
A compra de 10 próteses foi autorizada no dia 2 de março de 2021, no valor de R$ 50.149.72 cada, para o Hospital Militar de Área de São Paulo. O fornecedor foi a empresa Boston Scientific do Brasil LTDA.
O segundo pregão garantiu a compra de mais 20 produtos, no dia 21 de maio de 2021, ao custo de R$ 57.647,65 cada, para o Hospital Militar de Área de Campo Grande (MS). A empresa fornecedora foi a Quality Comercial de Produtos Médicos Hospitalares LTDA.
O terceiro pregão permitiu a compra de 30 próteses, no dia 8 de outubro de 2021, no valor de R$ 60.716,57 cada, para o Hospital Militar de Área de São Paulo. A empresa Lotus Medical Distribuidora e Comércio de Produtos Médicos Eireli foi encarregada de fornecer às unidades.
O Exército informou à coluna que comprou três próteses penianas em 2021 e que tem a obrigação de “atender a pacientes do sexo masculino vítimas de diversos tipos de enfermidades que possam requerer a cirurgia para implantação da prótese citada”.
O comprimento das próteses varia entre 10 e 25 centímetros.