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Exército faz varredura em cadeia reativada após massacre em Manaus

Unidade prisional fica localizada no Centro da capital.

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Exército faz varredura na Vidal Pessoa (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)

Homens do Exército Brasileiro fazem uma varredura dentro da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, localizada no Centro de Manaus, na manhã desta terça-feira (31). A cadeia foi reativada para receber presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), após uma rebelião no local terminar com 57 detentos mortos. A matança desencadeou um crise prisional no país.

A revista conta ainda com a participação de 132 policiais do Comando de Policiamento Especializado (CPE), além de 103 homens do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), totalizando 235 policiais. Na área externa do presídio, homens de Exército estavam de prontidão. Um helicóptero dá apoio à ação.

O perímetro da cadeia foi interditado. A interdição afeta a Avenida Sete de Setembro, entre Visconde Porto Alegre e Castelo Branco.

Agentes do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito de Manaus foram acionados para controlar a passagem de veículos no local.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, deve divulgar um balanço da varredura na Vidal ainda na manhã desta terça.

Reativação de cadeia
A Cadeia Vidal Pessoa foi reaberta no dia 2 de janeiro para a acomodação de presos ameaçados de morte pela facção criminosa Família do Norte (FDN), apontada como responsável pelas 57 mortes no Compaj.

Desde então, a Vidal Pessoa recebeu 284 presos transferidos de presídios do Amazonas por "medida de segurança". A intenção do governo era isolar os membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) dos presos da FDN.

No entanto, mesmo lá eles ainda não estavam seguros. Dias depois, uma outra rebelião que ocorreu na Cadeia Vidal Pessoa no domingo (8) deixou quatro presos mortos e sete feridos.

Apos a transferência, 20 presos levados à Vidal chegaram a ser levados para Unidade Prisional de Itacoatiara, a 270 Km da capital em razão de riscos de mortes.

No dia 9, eles foram levados para Itacoatiara porque o grupo estaria recebendo ameaças, segundo a Secretaria Adjunta de Operações (Seaop). No entanto, a estrutura esperada para abrigar os internos na unidade de Itacoatiara não foi constatada e eles retornaram para a Vidal Pessoa.

A cadeia no Centro de Manaus estava desativada desde outubro de 2016 por recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por falta de infraestrutura para abrigar os presos.

Reprodução/G1