O ex-marido da vendedora Jaqueline Barros, de 28 anos, morta a tiros dentro de uma loja de móveis onde trabalhava em São José dos Campos (SP), foi baleado na madrugada desta terça-feira (9). Segundo a Polícia Civil, ele deu entrada no hospital nesta madrugada com tiro na virilha e diz ter sido vítima de uma tentativa de assalto. O médico cardiologista, de 44 anos, estava em uma disputa judicial com Jaqueline por causa do pagamento de pensão alimentícia.
Segundo a Polícia Civil, o homem contou que foi abordado por criminosos na porta de sua casa no bairro Jardim das Indústrias, em São José. O médico relatou que os criminosos tentaram levar o carro dele, mas que reagiu à ação e foi baleado. O disparo foi superficial e o ex-marido foi socorrido no Pronto-Socorro da Vila Industrial. Ele não corre risco de morrer.
O médico foi casado com Jaqueline Barros, que é estudante de arquitetura, até 2015. De acordo com a Polícia Civil, ela tinha uma medida cautelar contra o médico e havia feito boletins de ocorrência contra ele – a motivação dos registros não foi informada.
Ainda segundo a polícia, o médico devia pensão alimentícia para vítima e o valor era requerido por Jaqueline para pagar a faculdade que ela cursava em São José. O processo tramita em segredo.
O médico vai ser ouvido pelos policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) ainda nesta manhã.
Crime
Um homem armado entrou na loja e atirou ao menos três vezes contra Jaqueline nesta segunda (8) – dois tiros atingiram a vendedora. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Nada da loja, que vende móveis de alto padrão, foi levado. A hipótese da polícia é que o crime tenha motivação passional.
A Polícia Civil obteve imagens do circuito interno de segurança da loja para tentar identificar o suspeito. As imagens não foram divulgadas.
A irmã de Jaqueline, Gisele Barros, veio a São José dos Campos para fazer a liberação do corpo. O velório deve ocorrer em Mogi das Cruzes (SP), onde Gisele mora. "Estamos vivendo um pesadelo", disse ao G1. Ela não soube informar se a irmã vinha recebendo ameaças.
Fonte: G1