Os preços do etanol hidratado recuaram nos postos de 18 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em seis Estados houve alta, em Mato Grosso do Sul, estabilidade, e no Amapá não foi feita avaliação.
Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve queda de 0,46% no preço do etanol na semana passada, para R$ 2,821.
Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado baixou 0,75% sobre a semana anterior, de R$ 2,650 para R$ 2,630 o litro. Distrito Federal registrou maior recuo no preço do biocombustível na semana passada, de 1,94%, e a maior alta, de 1,74%, foi em Goiás.
No período de um mês os preços do combustível recuaram 5,87% nos postos paulistas, segunda maior queda entre os avaliados, perdendo apenas para Mato Grosso, com recuo mensal de 6,01%.
Na comparação mensal, os preços do etanol subiram apenas em Goiás e em Roraima, com recuos em todas as outras unidades da federação. No Amapá não houve avaliação. Na média brasileira o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou baixa de 4,41% na comparação mensal.
O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,21 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,799 o litro, no Rio Grande do Sul. São Paulo mantém o menor preço médio estadual, de R$ 2,630 o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos do Acre, de R$ 4,016 o litro.
Competitividade
O número de Estados com preços médios do etanol vantajosos ante os da gasolina caiu de sete para seis na semana passada. Com a alta de 1,31% no preço do hidratado e recuo de 0,53% no valor do combustível de petróleo, Alagoas deixou a lista. Com isso, o etanol continua vantajoso em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e São Paulo.
O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Em Alagoas paridade variou de 69,78% para 71,07% entre as semanas. Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 59,55% do preço da gasolina, em São Paulo por 63,40%, em Minas Gerais a 64,11% e em Goiás em 68,39%.
No Paraná a paridade está em 69,41% e na Paraíba em 69,77%. Na média brasileira, a paridade é de 64,63% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível.
A gasolina é mais vantajosa em Roraima, com a paridade de 95,59% para o preço do etanol.
Estadão // AO