A polícia prendeu dois diretores de uma empresa que revendiam pela internet remédios contra o câncer, na terça-feira (13), em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com a polícia, os remédios foram roubados. A investigação descobriu que um dos lotes do medicamento deveria ser usado para tratar pacientes em hospitais públicos, mas foi desviado.
A denúncia foi feita pela própria fabricante do remédio que descobriu que a empresa estava vendendo o produto pela internet, em pregões eletrônicos, mas não tinha autorização para comercializar os medicamentos. Um pote com 70 comprimidos pode custar até R$ 10 mil.
O advogado que acompanha o caso, Marco Castro, destaca a importância de intensificar a fiscalização em empresas e produtos. "Conduta lesa não só as pessoas, mas o estado, muitos desses medicamentos eram pra rede pública. Sem dúvida, essas empresas não são certificados pelo laboratório, pelo fabricante exclusivo, a comercializar esses medicamentos. É importante que seja feito controle intenso na fiscalização e muito apurado, pois a manutenção desses medicamentos de forma inadequada faz com que eles percam o princípio ativo e um remédio ineficaz contra o câncer vai levar o paciente a óbito."
Os diretores da empresa foram presos em flagrante por receptação e crime contra a saúde pública. A sede da empresa fica no Tanque, em Jacarepaguá. Lá os policiais encontraram remédios de um lote que foi furtado esse ano e de outro lote que tinha sido enviado especificamente para ser usado na rede pública de saúde.
Reprodução; G1