Brasil

Empresários que lavavam dinheiro com vale refeição são alvo de ação no RJ

Esquema também usava vale transporte; igreja evangélica e empresas de ônibus estão entre os alvos

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Empresários do Rio de Janeiro são alvo de uma operação realizada na manhã desta quarta-feira (17) pela Delegacia de Defraudações para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro. De acordo com a Polícia Civil, o grupo usava benefícios de trabalhadores, como vale-transporte e vale-refeição, para lavar dinheiro ilícito. Uma igreja evangélica e duas empresas de ônibus estão entre os alvos da investigação.

Esta é a segunda fase da operação, batizada "Fantoche" pela Polícia Civil. São cumpridos nove mandados de busca e apreensão em endereços comerciais e residenciais de empresários na Barra da Tijuca, Glória, Centro e na Baixada Fluminense.

A Polícia Civil destacou que os alvos nesta segunda fase da operação são empresários suspeitos de serem os financiadores e reais beneficiários do esquema. Apenas um dos investigados movimentava ilegalmente mais de R$ 10 milhões por mês.

Uma igreja evangélica e duas empresas de ônibus, a Expresso São Francisco e a Transtur Vila Emil Nova Iguaçu Turismo e Viação, estão entre as envolvidas no esquema, segundo a polícia.

Documentos apreendidos na primeira fase da operação ajudaram a polícia a identificar mais de 130 empresas fantasmas, que estão em nome de mais de 50 laranjas. Todas estas empresas fictícias são do ramo alimentício e foram constituídas com o único objetivo de conseguir o credenciamento de máquinas de cartões, abrir contas bancárias e movimentar recursos obtidos de forma fraudulenta com a compra de vales refeição e alimentação.

A Polícia Civil destacou que várias destas empresas têm os mesmos sócios e figuram como funcionando no mesmo endereço, embora nenhuma exista fisicamente nem possua sequer um funcionário.

Fonte: G1// FA