Brasil

Em meio à discussão sobre Previdência, deputados têm ‘superfolga’ de 10 dias

Após passarem quatro dias nos Estados na semana passada por conta do feriado do Dia de Finados

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Após passarem quatro dias nos Estados na semana passada por conta do feriado do Dia de Finados, os deputados federais terão mais dez dias seguidos de folga a partir deste sábado, 11. Isso porque o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ, foto), não marcou sessões de votações no plenário da Casa durante toda a próxima semana, em razão do feriado da Proclamação da República, comemorado na quarta-feira, 15 de novembro. Maia deu folga aos parlamentares mesmo em meio à retomada das negociações para votação da reforma da Previdência e com pelo menos oito medidas provisórias (MPs) próximas de perderem a validade. Como mostrou o Broadcast Político nessa quarta-feira, 8, a maioria dessas MPs caducam em 28 de novembro e ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado. Com esse calendário previsto, as duas casas legislativas terão pouco mais de uma semana para votar todas essas propostas. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), porém, já afirmou que só pautará no plenário as medidas provisórias que chegarem com pelo menos 15 dias de antecedência do prazo de validade. Caso o peemedebista não mude de posição, a votação das oito MPs é inviável. Entre as medidas ameaçadas estão as que alteram regras do setor de mineração e a que permite renegociação de débitos de produtores com o Funrural e que reduz a alíquota dessa contribuição social a partir de janeiro de 2018. Há também as MPs que criam um fundo de cerca de R$ 180 milhões para financiar projetos de infraestrutura e a que cria o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) do governo federal. Maia afirmou que a semana sem votações não passará má impressão para sociedade, porque a Câmara teria compensado a folga com votações de segunda a sexta-feira nessa semana, com pauta sobre segurança pública. As votações de mérito de projeto, porém, só aconteceram de terça a quinta-feira.

Estadão // AO