Em queda pela quinta vez seguida, o dólar aproxima-se de R$ 4,90 e está no menor valor desde o fim de junho do ano passado. A bolsa de valores também acumulou a quinta alta consecutiva e atingiu o maior nível em quase sete meses.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (22) vendido a R$ 4,91, com recuo de R$ 0,029 (-0,59%). A cotação chegou a operar próxima da estabilidade várias vezes ao longo da sessão, mas consolidou a tendência de queda durante a tarde, com o ingresso de recursos estrangeiros, até fechar próxima das mínimas do dia.
A moeda norte-americana está no menor valor desde 24 de junho do ano passado. A divisa acumula queda de 4,66% em março e de 11,85% em 2022.
O dia também foi marcado pela euforia no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 117.272 pontos, com alta de 0,96%. O indicador foi influenciado tanto por fatores externos como pelo mercado interno, com ações de bancos e de empresas varejistas puxando os ganhos.
Nesta terça, o mercado financeiro global teve um dia de alívio após uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmar que o país não pretende derrubar o governo do presidente ucraniano, Volodymir Zelenski. Paralelamente, a alta das commodities (bens primários com cotação internacional) está estimulando a entrada de divisas na América Latina, tradicional exportadora de produtos agrícolas e minerais.
No plano interno, os investidores repercutiram a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Segundo o documento, a autoridade monetária pode aumentar a taxa Selic (juros básicos da economia) para além de 12,75% ao ano, caso seja necessário, mas indicou que o ciclo de alta dos juros está perto do fim. Os juros altos no Brasil e em diversos países emergentes têm estimulado o ingresso de capitais em mercados de maior risco.