O tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (21) que a dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, registrou aumento de 1,97% em novembro e chegou a R$ 3,09 trilhões. Em outubro, o endividamento público somava R$ 3,03 trilhões.
De acordo com o governo, o crescimento da dívida pública em novembro está relacionado com a emissão líquida, ou seja, colocação de títulos públicos no mercado acima do valor dos resgates de papéis, em R$ 24,9 bilhões, e, também, às despesas com juros, no valor de R$ 34,8 bilhões.
Em novembro, diz o Tesouro, as emissões de títulos públicos somaram R$ 39,3 bilhões (o menor valor desde outubro de 2015, influenciado pelas eleições nos Estados Unidos). Já o resgate de títulos totalizou R$ 14,4 bilhões. A diferença entre os dois valores, R$ 24,9 bilhões, é o valor do chamado "resgate líquido".
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Leandro Secunho, lembrou que, em novembro deste ano, houve tensão nos mercados por conta do anúncio da vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas. Com isso, a instituição ficou por duas semanas sem ofertar papéis ao mercado.
"Mesmo assim, foi feita emissão de R$ 39 bilhões em novembro. Em dezembro, voltamos gradualmente, já fazendo leilões na última semana dentro do patamar hisótico. O mercado já está bastante estável", avaliou Secunho.
Programação para 2016
A expectativa do Tesouro Nacional é de aumento no endividamento público ao fim deste ano. A previsão para 2016, divulgada no início do ano, é de que a dívida pública poderia chegar a R$ 3,3 trilhões.
Segundo o Tesouro, as necessidades brutas de financiamento da dívida pública neste ano, por meio da emissão de títulos, são de R$ 698 bilhões, mas estão previstos R$ 108 bilhões em recursos orçamentários. Com isso, a necessidade líquida de financiamento passou a ser de R$ 589 bilhões.
Reprodução/G1