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Diretor da Mendes Júnior é preso em MG pela PF na Operação Lava Jato

Ruben Costa Val, diretor de Negócios Industriais, foi preso em Nova Lim

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 src=O diretor de Negócios Industriais da Mendes Júnior, Ruben Costa Val, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (22), em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, dentro da Operação Arquivo X, dentro da força-tarefa Lava Jato. O diretor de Engenharia da construtora, Victorio Duque Semionato (foto acima), foi levado de Rio Acima, também na Grande BH, para prestar depoimento por mandado de condução coercitiva. De acodo com a Polícia Federal, ainda há mandados de busca e apreensão na capital mineira e em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

Ao todo, as equipes policiais estão cumprindo 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e oito mandados de condução coercitiva em cidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso na manhã desta quinta-feira (22) em São Paulo na 34ª fase da Operação Lava Jato. O mandado é de prisão temporária.

Ruben Costa Val, diretor da Área de Negócios Industriais da Mendes Júnior, foi preso em casa, em Nova Lima. O advogado da construtora, Marcelo Leonardo, disse que Ruben Costa Val é um funcionário da construtora. Ele deve ser transferido para Curitiba, segundo o defensor.

Victorio Duque Semionato, diretor de Engenharia da Mendes Júnior, estava em casa também quando foi levado, coercitivamente, para prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte.

Na porta da Superintendência da PF em Belo Horizonte, Marcelo Leonardo manifestou sua estranheza com a operação, uma vez que a Mendes Júnior está fazendo reuniões desde novembro do ano passado com o Ministério Público Federal (MPF) para acordo de leniência/colaboração. E os temas da operação desta quinta-feira fazem parte desta conversa.

A Polícia Federal ainda não informou onde o mandado de busca e apreensão designado para Belo Horizonte foi cumprido e nem contra quem.

34ª fase da Operação Lava Jato
A ação intitulada "Operação Arquivo X" faz parte da 34ª fase da Operação Lava Jato.

Segundo a PF, o nome dado à investigação policial "é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do 'X' nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial".

Nesta fase da operação são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de 02 plataformas (P-67 e P70) para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas FSPO´s (Floating Storage Offloanding), informou a Polícia Federal, em nota.

Executivos da OSX e da Mendes Júnior Trading e Engenharia também são alvo desta operação, segundo o Bom Dia Brasil. As investigações apontaram que em 2012, os dois consórcios fecharam um contrato de 922 milhões de dólares com a Petrobras. Segundo as investigações, as empresas teriam conseguido esses contratos mediante pagamento de propinas.

Ainda de acordo com a PF, o então ministro Guido Mantega, preso nesta quinta-feira, teria pedido 5 milhões de reais ao empresário Eike Batista para bancar despesas de campanha do Partido dos Trabalhadores (PT). A OSX teria fechado contrato com uma empresa de fachada de publicitários já envolvidos e presos na Operação Lava Jato, e esses repasses teriam se dado em contas no exterior.

Reprodução: G1

Lava Jato – 34ª Fase – Operação Arquivo X