Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (29), apontaram que o desemprego no país atingiu, em média, 10,9% no primeiro trimestre deste ano, sendo o maior nível registrado, desde o início da pesquisa em 2012. Neste período, o número de pessoas desempregadas chegou a 11,1 milhões.
O crescimento foi gradativo ao longo dos trimestres. Entre janeiro e março de 2015, a taxa estava em 7,9%, já entre outubro e dezembro do mesmo ano, aumentou para 9%. A pesquisa informou ainda que a população ocupada somou 90,6 milhões de pessoas, queda de 1,7% quando comparada com o último trimestre de 2015. Comparada com o resultado do mesmo período do ano passado, houve queda de 1,5%, de acordo com o instituto.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua passou por 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. É considerado desempregado, pelo IBGE, quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram colhidos.
De acordo com as informações, houve queda na proporção de trabalhadores com carteira assinada, assim como o rendimento médio. O coordenador de pesquisa do IBGE, disse que "não houve no primeiro trimestre deste ano efetivação de temporários". "O mercado de trabalho é reflexo da conjuntura e, como ela está desfavorável, há impacto direto no emprego", afirmou.
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