O Ministério de Minas e Energia (MME) está prestes a tomar uma decisão crucial sobre a implementação do horário de verão em 2024. Na próxima terça-feira (15), o ministro Alexandre Silveira se reunirá com a equipe técnica em Brasília para definir a questão, impulsionada pela possibilidade de uma crise energética. O retorno antecipado do ministro, que reduziu as férias em uma semana, reforça a urgência do tema. “Se houver risco energético, o foco será o horário de verão”, afirmou Silveira, durante evento em Roma.
Silveira enfatizou que a decisão será baseada em análises técnicas, buscando um equilíbrio entre segurança energética e impactos econômicos. O ministro lembrou que o horário de verão é uma política pública amplamente utilizada em diversos países e não deve ser tratado de forma ideológica, como ocorreu anteriormente.
Previsibilidade do horário de verão
A possível crise hídrica no Brasil é um fator determinante para a adoção do horário de verão. Dados do Cemaden indicam que o país atravessa a pior crise hídrica em 73 anos. Segundo Silveira, medidas preventivas já foram adotadas, mas o planejamento para 2026 precisa continuar, com foco na segurança energética e modicidade tarifária.
Além disso, o ministro garantiu que, se implementado, o horário de verão não impactará o segundo turno das eleições, previsto para 27 de outubro, pois a decisão respeitará um prazo de 20 dias para adequação dos setores afetados.
O presidente Lula delegou a decisão final ao ministro, que afirmou estar preparado para tomar a melhor escolha para o Brasil, baseando-se em critérios técnicos e sensibilidade política.
