Brasil

Datafolha: 2021 será melhor para 68% dos brasileiros

O otimismo em relação ao próximo ano se mostrou sensivelmente maior nas regiões Norte/Centro-Oeste

NULL
NULL

covid-coronavirus-pessoas-com-mascara-1024x613

Assim como 2 em cada 3 brasileiros, de acordo com pesquisa Datafolha, Bacana confia que 2021 será melhor do que o ano que termina agora. A pesquisa apontou que 68% afirmam que 2021 será melhor do que 2020. Quando a pergunta é voltada não apenas para si próprios, mas para os brasileiros em geral, esse índice cai para 58%. Foram entrevistados 2016 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todas as regiões e estados do país. A pesquisa foi feita dessa forma para evitar o contato pessoal entre pesquisadores e respondentes devido à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 191 mil brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A coleta de dados aconteceu entre os dias 08 e 10 de dezembro de 2020.

O otimismo em relação ao próximo ano se mostrou sensivelmente maior nas regiões Norte/Centro-Oeste (79%). No Nordeste esse índice foi de (70%). No Sul e Sudeste, 63% e 64%, respectivamente. Bem mais otimistas são também os apoiadores do governo Jair Bolsonaro (sem partido). Entre os que avaliam que a gestão do presidente como boa ou ótima, 77% esperam um ano melhor do que este em 2021. Para os que dizem sempre confiar em Bolsonaro, 82%.

O índice de confiança maior entre os apoiadores de Bolsonaro contrasta com o dos que avaliam a gestão como ruim ou péssima. Neste grupo 60% esperam 2021 melhor do que 2020. E entre os que afirmam nunca confiar em Bolsonaro, 59%. A avaliação do desempenho da gestão Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus também impacta no índice de confiança do Brasileiro no futuro. No grupo dos que consideram que a atuação do presidente na atual crise sanitária é ótima ou boa, 78% são confiantes em um 2021 melhor do que 2020. Entre os que veem a atuação de Bolsonaro como ruim ou péssima, esse índice é de 58%, ou 20 pontos percentuais menor.

Renda é um fator que apresentou variações importantes, com diferenças fora da margem de erro. Entre os que ganham até dois salários mínimos 67% se mostraram otimistas. A confiança em um novo ano melhor do que este salta, porém, para 74% entre os que ganham mais de 10 salários mínimos. No grupo dos que fizeram o pedido do auxílio emergencial oferecido pelo governo, 70% se disseram otimistas. Quando se separa quem fez e recebeu pelo menos uma das parcelas dos que fizeram mas não receberam nota-se diferença. No primeiro grupo, o índice de otimismo chega a 72%. No segundo, 65%. Entre os que não fizeram o pedido, 66%.

A forma como as pessoas estão enfrentando a pandemia e a idade também são variáveis importantes nessa equação do otimismo. Diante do risco de contágio do novo coronavírus e da necessidade de manter o isolamento social, há quem continue vivendo normalmente, quem esteja tomando cuidado mas ainda assim saia de casa, quem só saia de casa se for inevitável e quem esteja totalmente isolado. Entre os que continuam vivendo de forma normal, apesar da pandemia e da quarentena, 75% dizem esperar um ano melhor do que este. Entre os que dizem se cuidar mas ainda assim continuam saindo de casa, 71% acreditam no mesmo. Para os que só saem de casa se não tiverem outra opção, 63%, e entre os que estão completamente isolados, 61%.

A faixa etária mais otimista é a de 16 a 24 anos (73%). A menos é a dos maiores de 60 anos (57%). É o caso da mãe de Bacana, Maria Regina Lima, 70. Apesar de se considerar uma pessoa otimista, ela não acredita que 2021 possa ser melhor do que o ano se encerra agora. Nem para ela, nem para os brasileiros em geral.

Reprodução: Paraná Portal

MC