O ex-deputado cassado Eduardo Cunha será interrogado pela primeira vez, na tarde desta terça-feira, pelo juiz Sérgio Moro no processo em que é réu no âmbito da operação Lava-Jato. Cunha é acusado de receber propina de R$ 5 milhões em um contrato para compra de um campo de petróleo, pela Petrobras, no Benin, na África, e de usar contas em bancos suíços para lavar o dinheiro.
Segundo o advogado Marlus Arns, o ex-deputado deverá responder as perguntas do magistrado, embora tenha o direito de permanecer calado. A defesa disse ainda que Cunha não fez nenhuma sinalização no sentido de fazer delação premiada.
“Nenhuma conversa sobre isso. Nem de Cunha com a defesa e nem da defesa com o Ministério Público Federal (MPF)”, informou Arns, por meio de sua assessoria de imprensa.
Cunha segue preso no Complexo Médico-Penal de Pinhais, no Paraná. O processo contra o ex-deputado começou no Supremo Tribunal Federal. Contudo, depois que ele foi cassado e perdeu o foro privilegiado, o caso foi encaminhado ao juiz Sérgio Moro. Ele é acusado de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado, também responde a processo por lavagem de dinheiro e evasão de divisa na Justiça Federal do Paraná. Segundo o MPF, ela foi favorecida, por meio de contas na Suíça, e fez gastos em cartões de crédito internacional vinculados a contas de Cunha que seriam abastecidas por propina. A jornalista nega.
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