Professores estaduais e outros servidores que estão com salários parcelados no Rio Grande do Sul fazem uma caminhada em novo protesto em Porto Alegre nesta terça-feira (19). O ato causa lentidão em ruas e avenidas da região central da cidade, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Além dos salários parcelados, os manifestantes cobram ações do governo para diminuir a crise financeira, como medidas contra sonegação. Também entendem que o governo não vem fazendo todos os esforços junto à União como na recuperação de compensações das exportações da Lei Kandir.
A greve dos professores estaduais começou após o último parcelamento de salários, referente ao mês de agosto. A primeira parcela depositada aos servidores foi de R$ 350. O governo finalizou os depósitos no dia 13 de setembro.
No dia seguinte, foi realizada uma reunião entre professores, sindicalistas e com representantes do governo. O Cpers, sindicato que representa a categoria, não saiu satisfeito.
"Na última reunião com o governo foi informado ao sindicato que não se surpreendam se faltar dinheiro e a parcela for ainda menor no mês que vem. Então, que não se surpreendam se não terminar o ano letivo de 2017. Porque do jeito que o governo vem tratando os trabalhadores, é a única resposta que podemos dar", enfatiza a presidente do Cpers, Helenir Schürer.
Professores de outras cidades do estado participam da mobilização desta terça. É o caso de Sandra Aires Urrutia, de Rio Grande, na Região Sul. "Esta é uma greve pela sobrevivência. Todos os dias acordo estressada pensando qual conta vou pagar primeiro. Já passei por muitas greves, mas essa é diferente", afirma.
Também presente na manifestação, a funcionária de escola Odila Moraes, de Ijuí, no Noroeste do estado, diz que o que os servidores passam "é uma humilhação." "A greve é o único recurso para recuperar nossa dignidade", acrescenta.
Conforme o sindicato, mais de 70% da categoria está em greve em todo o estado.
Fonte: G1 (FA)