Brasil

Cidades têm protestos contra reforma da Previdência e terceirização

Vias foram fechadas em capitais como São Paulo, Salvador, Vitória e Recife.

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Trabalhadores caminham em protesto no centro de Salvador (Foto: Juliana Almirante/G1)Algumas cidades do país registram ou já registraram protestos contra a reforma da Previdência, proposta pelo governo de Michel Temer. Grupos convocados por centrais sindicais e movimentos sociais também se manifestam contra o projeto de terceirização, aprovado na Câmara na última semana. No início da manhã desta sexta-feira (31), vias foram fechadas em São Paulo, Salvador, Vitória e Recife, entre outras cidades.

Alagoas

Integrante de movimentos sociais e sindicatos protestam na Praça Deodoro, no Centro de Maceió. O ato começou por volta de 10h. Nem organização do movimento nem a Polícia Militar informaram a quantidade de manifestantes. Rodoviários paralisaram as atividades, e ônibus deixaram de circular nesta manhã. O sindicato da categoria fala em 3 mil pessoas afetadas.

Bahia

Um grupo de pessoas fechou a Avenida ACM, sentido Avenida Paralela, em Salvador, entre as 7h40 e 9h. Segundo a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), o trânsito ficou parado no local. O número de manifestantes não foi informado pela polícia ou pelos organizadores. Mais tarde, houve uma caminhada de protesto entre o Campo da Pólvora e o Barbalho.

Espírito Santo

Um grupo de trabalhadores de diversas categorias protestou nesta manhã em frente à sede da Petrobras, em Vitória. A manifestação começou por volta das 7h10. Por volta das 9h15, o grupo saiu em caminhada pela Reta da Penha, no sentido Centro, bloqueando duas faixas da avenida. Segundo a Guarda Municipal de Vitória, aproximadamente 50 pessoas participam do ato. A organização do protesto ainda não informou o número de participantes.

Goiás

Entidades sindicais e diversas categorias de trabalhadores protestam diante da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em Goiânia. O ato começou por volta das 9h. De acordo com organizadores, cerca de cinco mil pessoas participam. Já a Polícia Militar estimou, por volta das 9h40, que eram cerca de 400 manifestantes.

Mais tarde, os manifestantes pretendem sair em caminhada até o coreto da Praça Cívica, no Centro, onde devem se encontrar com integrantes de outras entidades sindicais.

Mato Grosso do Sul

Trabalhadores bloquearam rodovias federais e fizeram um protesto em Campo Grande, onde cerca de 450 pessoas se reuniram diante de um canteiro de obras, no bairro Vivendas do Bosque, segundo organizadores. A polícia não acompanhou o ato, que começou por volta das 6h30 (de MS) e foi até as 8h30.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 7h47 (de MS), havia pontos de bloqueio nas BR-060 em Sidrolândia, BR-262 em Três Lagoas, BR-262 em Corumbá e BR-163 em Sonora. A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) informou que também ocorrem bloqueios de rodovias em Mundo Novo, Aparecida do Taboado, Bataguassu e Jardim. Números de manifestantes em rodovias não foram informados pela polícia ou pelos organizadores.

Tambpem houve protesto em Dourados. Professores e funcionários de universidades saíram em passeata. De acordo com os organizadores, cerca de 3 mil pessoas estão no local. A polícia não segue o ato.

Minas Gerais

Em Belo Horizonte, um protesto começou por volta das 10h30 na Praça da Estação. Cerca de 200 servidores municipais participam do ato, segundo o sindicato. Alguns serviços públicos da capital, como centros de saúde, devem ser parcialmente paralisados.

Integrantes de movimentos sociais interditaram duas rodovias que dão acesso à Uberlândia (MG). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 40 pessoas fecharam o Km 78 da BR-050, saída para Uberaba (MG) e outro grupo, de quantidade não informada, ocupou parte da BR-452, de acesso a Araxá. Os trechos foram liberados menos de uma hora depois.

Professores e trabalhadores rurais de Francisco Sá (MG) fazem uma caminhada pela BR-251, o que interditou parcialmente a via. Segundo os organizadores, cerca de 300 pessoas participam do ato; a polícia não informou o número de manifestantes. O ato começou às 7h e deve terminar às 11h.

Em Montes Claros, professores protestaram na Superintendência Regional de Ensino. Os manifestantes usavam faixas contra a reforma da previdência. Segundo os organizadores, 1,5 mil pessoas participaram dos atos. A PM não acompanhou a movimentação.

Pará

Trabalhadores de várias categorias protestam em Belém, Marabá, Altamira e Santarém. A organização do movimento a Polícia Militar não informaram a quantidade de manifestantes.

Em Belém, os manifestantes se concentraram em vários pontos: em frente ao Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), ao Tribunal Regional do Trabalho, à Secretaria de Estado de Administração (Sead), e na Praça Floriano Peixoto, no mercado de São Brás. O grupo concentrado no mercado foi o primeiro a sair em caminhada, às 10h33.

Pernambuco

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) interditaram os dois sentidos da BR-101, no trecho próximo ao Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), na Zona Oeste do Recife. O bloqueio começou por volta das 6h30 e terminou às 8h30. Segundo organizadores, cerca de 300 pessoas participaram do ato. A Polícia Militar não acompanhou o protesto.

Piauí

Em Teresina, trabalhadores em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho no Centro da capital. Participaram 500 pessoas, segundo a entidade. A polícia não compareceu ao ato. Servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) anunciaram a paralisação das atividades em prol do movimento.

Santa Catarina

Joinville e Jaraguá do Sul, no Norte do estado, tiveram protestos nesta manhã. Em Joinville, o protesto começou às 9h na Praça da Bandeira. Conforme o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej), às 11h, cerca de duas mil pessoas participavam do movimento e iniciaram uma passeata. No mesmo horário, a Polícia Militar não tinha informações sobre o número de manifestantes.

Em Jaraguá do Sul, servidores municipais, que estão em greve há 25 dias, se reuniram na Praça Ângelo Piazera às 8h e realizam caminhada pelas ruas da cidade. Organizadores e a polícia não informaram o número de participantes.

Servidores se reuniram em ato na Praça da Bandeira, em Joinville (Foto: Sinsej/Divulgação)

São Paulo

Na região metropolitana de São Paulo, houve ao menos três protestos. Os números de manifestantes não foram informados. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) atearam fogo a pneus e bloquearam trecho da Avenida Oscar Niemeyer, perto do Rodoanel em Mauá, na Grande São Paulo. Segundo a Polícia Militar, às 7h a pista já havia sido liberada. Também houve bloqueio na Estrada do M'Boi Mirim, Zona Sul de São Paulo, e no km 247 da Rodovia Régis Bittencourt, na região de Taboão da Serra.

Dois mil trabalhadores da Volkswagen paralisaram por cerca de uma hora as atividades nesta manhã em Taubaté (SP). A manifestação teve início por volta das 6h e atrasou a entrada na fábrica em uma hora.

No Centro de Campinas (SP), trabalhadores fazem uma manifestação desde as 10h. A organização e a Guarda Municipal não divulgaram números de participantes.

Também foi registrado um ato de bancários em Sorocaba. O grupo concentrou se na rua São Bento e anda por diversas ruas até chegar à praça Central. A organização não divulgou o número de participantes. Alunos de Sorocaba e de cidades da região de Bauru, como Agudos e Paraguaçu Paulista, estão sem aulas devido a paralisação de professores.

Em Votuporanga, um grupo de alunos e professores se reuniu pedindo reajuste salarial para a classe. Cerca de 80% das escolas tiveram as atividades paralisadas. Em Américo de Campos, cerca de 40 pessoas fizeram um protesto na praça central da cidade.

Estudantes e professores se reuniram em uma manifestação em Itapetininga. Cerca de 200 pessoas participaram do ato, segundo a categoria. A PM informou que o protesto teve 50 pessoas.

Em Teodoro Sampaio, o protesto aconteceu em frente à prefeitura e houve carreata pela principal avenida da cidade. A organização contabilizou 400 participantes; a PM disse que havia 100 pessoas no ato.

Reprodução: G1 – Política