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Caso Flordelis: Polícia Civil investiga bomba jogada em casa de testemunha

Flordelis foi denunciada pelo crime, mas não foi presa por possuir imunidade parlamentar.

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Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) durante sessão na Câmara dos Deputados em maio de 2019 — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Uma testemunha da investigação da morte do pastor Anderson de Carmo denunciou à polícia que uma bomba caseira foi jogada em sua casa na madrugada desta sexta-feira (4). A delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) investiga o caso.

Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, a deputada Federal Flordelis, esposa do pastor, é investigada como mandante do assassinato.

Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) durante sessão na Câmara dos Deputados em maio de 2019 — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Flordelis foi denunciada pelo crime, mas não foi presa por possuir imunidade parlamentar. A polícia só pode cumprir um mandado de prisão em caso de perda de mandato parlamentar.

Conselho de Ética

A Comissão de Ética da Câmara dos Deputados iniciou um processo de análise do caso que pode terminar com a cassação do seu mandato. O projeto precisa passar pelo plenário, mas os partidos já decidiram que vão aprová-lo.

O caso da deputada agora será encaminhado à corregedoria da Câmara, que fará um relatório e depois o submeterá à análise da Mesa Diretora. Na sequência o caso devera ser encaminhado ao Conselho de Ética. Depois de notificada, a deputada terá 10 dias para apresentar sua defesa por escrito.

Filhos em prisões diferentes

Nesta sexta-feira, a Justiça do Rio determinou que os filhos da deputada federal Flordelis, presos por suspeita de participação na morte do pastor Anderson do Carmo, fiquem em presídios separados.

Na decisão, o juiz destaca que os sete filhos estariam divididos em apenas duas unidades penitenciárias (uma feminina e outra masculina), mas devem ficar separados e longe do irmão Flávio, apontado como executor dos disparos.

“Havendo indícios de tentativa de manipulação de provas, a fim de se resguardar a instrução penal, determino sejam aqueles presos acautelados em unidades prisionais diversas, tão separados quanto possível, e sem nenhum contato com o acusado Flávio”, diz o magistrado.

Investigações

A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) descobriram mensagens de texto em telefones celulares que reforçam a suspeita de que a deputada planejou matar o marido executado com mais de 30 tiros em 16 de junho de 2019 na porta de casa, em Niterói.

A Justiça já aceitou denúncia contra a parlamentar, que se tornou ré no caso. Seis de seus filhos e uma neta estão presos.

Reprodução: G1 – Rio de Janeiro

da Redação do LD