A unidade do Carrefour em que João Alberto de Freitas, 1 homem negro de 40 anos, foi espancado e morto por 2 seguranças brancos abriu as portas pela 1ª vez nesta 2ª feira (23.nov.2020). A loja estava fechada desde a última 6ª feira (20.nov.2020). A loja reabriu às 8h, e uma hora antes o estacionamento foi liberado para clientes acessarem o local. João Beto morreu no estacionamento do supermercado na noite da última 5ª feira (19.nov.2020), véspera do Dia da Consciência Negra. Foram presos pelo crime duas pessoas que atuavam na vigilância da loja: o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, e o segurança Magno Braz Borges, de 30. O crime está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre. A polícia vai analisar as imagens do vídeo postado nas redes sociais e também de câmeras de segurança do local.
A delegada Roberta Bertoldo afirmou na última 6ª feira (20.novo) que a tomada dos depoimentos de todos os que “assistiram passivamente” ao crime seria retomada nesta 2ª feira (23.nov). A conduta dessas pessoas também será investigada. Em depoimento prestado no sábado (21.nov.2020), obtido e divulgado pelo Fantástico, programa da TV Globo, a funcionária que foi abordada no supermercado por João Alberto disse que o homem “parecia estar furioso com alguma coisa”. A morte de João Beto provocou indignação em todo o país e repercutiu na mídia internacional. Diversos protestos foram realizados. Autoridades e instituições manifestaram repúdio ao crime e ao racismo. Assista aos vídeos da morte de João Beto e as reações ao assassinato.
Nesta 2ª feira (23.nov), a Ambev (Companhia de Bebidas das Américas) cobrou “medidas imediatas e efetivas” da rede de supermercados Carrefour em razão da morte de João Alberto. Em nota publicada nas redes sociais neste fim de semana, a produtora de bebidas, líder em seu segmento, afirmou “não tolerar qualquer ato de racismo ou violência“. A Ambev disse ainda estar comprometida a “ajudar a criar mudanças positivas” e a “trabalhar junto” com o Carrefour para “promover mudanças estruturais com urgência”.
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da Redação do LD