O secretário da Casa Civil do governo da Bahia, Bruno Dauster, rebateu as declarações do secretário de Urbanismo e Transporte de Salvador, Fábio Mota. O subordinado do prefeito ACM Neto (DEM) afirmou que é o Governo do Estado que está pleiteando a retirada de linhas de ônibus na capital baiana em função da integração do metrô de Salvador e do VLT do Subúrbio.
Mota disse que o Governo "abriu um procedimento para ter uma discussão no Ministério Público pedindo a retirada das linhas troncais, que fazem concorrência com o metrô". Dauster afirmou que "o Governo do Estado entende que a mobilidade urbana deve funcionar em um sistema de rede, através de serviços complementares, integrados, e não sobrepostos".
"Quando a responsabilidade de construção e gestão do sistema metroviário de Salvador – Lauro de Freitas passou a ser do Estado, o Governo, junto com as prefeituras de Salvador e Lauro de Freitas, assinou um Contrato de Programa que garante a integração dos modais de transporte, de forma eficiente, assegurando melhores condições de transporte público para o cidadão", destaca.
"O documento, dentre as diversas clausulas, apresenta a necessidade do corte de linhas troncais urbanas e metropolitanas que fazem o mesmo percurso do metrô. O corte dessas linhas não é sinônimo de desemprego. O governo defende a necessidade do fortalecimento do sistema de ônibus, com maior número de viagens e linhas alimentadoras do metrô, o que evita, assim, o desemprego", explica.
Dauster afirma ainda que "essas linhas urbanas estão integradas tarifariamente, mas não funcionalmente nem legalmente, pois, sem a racionalização, negam o Contrato de Programa".
"Hoje, o problema da integração está na ineficiência do transporte de urbano de Salvador, que, além de outros problemas, possui poucos ônibus. O Estado defende a racionalização do sistema e pede o cumprimento, por parte da Prefeitura Municipal de Salvador, do Contrato de Programa", completa.
BNwes/ Figueiredo