O Brasil se tornou o 5º país com mais mortos por coronavírus ao passar, nesta sexta-feira (29), a Espanha, segundo o levantamento do Ministério da Saúde. O balanço mais recente contou 27.878 mortos por coronavírus no país. A Espanha registrou até o momento, segundo a universidade norte-americana Johns Hopkins, ao menos 27.121 mortes por complicações da Covid-19. O Brasil chegou a este patamar 73 dias depois de ter registrado sua primeira morte, são dez dias antes da Espanha que já completa seus 87 dias desde o mesmo marco inicial. Na segunda-feira (26), o governo espanhol retirou quase 2 mil mortes da sua contagem oficial para correção de duplicatas, após uma revisão dos dados já publicados.
O Brasil ultrapassou a Espanha enquanto ainda registra aumentos diários de mortos por Covid-19 próximos ao milhar. Este foi o 4º dia consecutivo que o Brasil teve mais de mil mortes por coronavírus registradas a cada dia, enquanto a Espanha teve apenas 2. O número das vítimas nos hospitais espanhóis vêm diminuindo desde o dia 9 de abril, quando o país teve seu pico diário de mortes, com 961 registros em apenas 24 horas. O Brasil teve a mais alta contagem de mortos até então na quinta-feira (21) quando atingiu 1.188 registros em um dia. A taxa para cada 100 mil habitantes aponta que o Brasil registra 13,3 mortes por 100 mil. Nesta comparação o país fica atrás da França (42,7), Estados Unidos (31,1), Itália (55), Reino Unido (57,3) e da Espanha (57,7).
Essa taxa mostra o efeito do vírus em países menos populosos, como a França (66,9 milhões), Reino Unido (66,6 milhões), Itália (60,3 milhões de habitantes) e Espanha (47 milhões), em comparação com os EUA (329,5 milhões) e Brasil (209,5 milhões). Nestes países, o pico diário foi alcançado há mais tempo que no Brasil, e muitos já passam por um processo de desaceleração na contagem de mortos. Os Estados Unidos tiveram o maior registro (2.612) em 29 de abril, a França (1.417) em 7 de abril, o Reino Unido (1.172) em 29 de abril e a Itália (919) em 27 de março, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins.
Fonte: G1 | da Redação do LD