O Brasil corre risco de virar importador de petróleo na próxima década. Isso porque há preocupação sobre o aumento de novas reservas e recuperação de campos maduros. Especialistas alertam, sobretudo, sobre o risco do país não conseguir explorar as bacias da Margem Equatorial, no Norte e Nordeste, ou de Pelotas, no Sul.
Segundo informações do Estadão, o Brasil é responsável por produzir 3,47 milhões de barris de petróleo por dia, o que equivale a 1,2 bilhão por ano, com reservas provadas de 15,9 bilhões de barris. Se os números seguirem os mesmos, a expectativa é de que o petróleo nacional acabe em 2035.
Especialistas realizam testes, no entanto, mesmo se houver confirmação das 27 bilhões de barris de reserva, o tempo de produção delas é de 10 anos, o que só terminaria em 2045. No ano passado, apenas seis poços foram perfurados no litoral brasileiro, mesmo número de 2024, até o momento.
Futuro do petróleo
A expectativa é de que, até o fim desta década, o Brasil tenha 17 novas plataformas. No entanto, especialistas acreditam que a falta de exploração e de novas descobertas, mantida a produção atual ou aumentando-a, esgotará todo o petróleo a curto prazo.
Uma possibilidade para o país se livrar do futuro como importador é a exploração da bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. No local, existe chance de encontrar reservatórios gigantes a exemplo dos vizinhos da região, Guiana e Suriname.
No entanto, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), apontou para uma nova negativa da licença ambiental para a perfuração de um poço da Petrobras na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.
