Brasil

Bebê sofre queimadura de 2º grau ao tomar banho em creche em SP

Criança de 1 ano e 5 meses teve grave ferimento no bumbum, diz mãe

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 src=A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Ribeirão Preto (SP) vai investigar as circunstâncias em que um bebê, de 1 ano e 5 meses, sofreu queimaduras de segundo grau nas nádegas, enquanto tomava banho em uma creche municipal. A criança passou por exame de corpo de delito nesta quarta-feira (16). Segundo a família, ela se recupera em casa e passa bem.

Para a mãe do bebê, a funcionária foi negligente nos cuidados com a criança.

A Prefeitura informou que apura o caso e que presta assistência à família.

Banho quente
O caso ocorreu na quinta-feira (10) na creche Sebastião Martins de Moura, no bairro Vila Albertina, zona norte da cidade. A mãe, a diarista Hildeni Araújo, conta que o marido recebeu um telefonema da diretora da escola, avisando que o filho Rafael havia sofrido um acidente. O pai seguiu para a escola e encontrou o filho com uma grave queimadura no corpo.

Segundo Hildeni, a diretora da escola afirmou que uma funcionária preparava o banho de Rafael, quando ele se queimou por causa da água quente. “Elas falaram que ficou um chuveirinho com água vazando na cuba. Quando foi colocar ele, esse lado da cuba estava muito quente, foi quando fez a queimadura. Elas ligaram e meu marido foi até lá.”

A diarista diz que no momento em que chegou à creche, o pai encontrou o bebê com uma queimadura que deixou o bumbum em carne viva.

“Quando meu marido chegou, ele deparou com a pele do bumbum queimada. Na hora ele e a diretora o levaram no posto de saúde da Vila Virgínia, fizeram o curativo. Ele passou depois pelo pronto-socorro central e foi avaliado pela pediatra”, afirma a mãe.

Socorro
No pronto-socorro central, segundo a mãe, a médica constatou que o menino tinha sofrido uma queimadura de segundo grau. No fim de semana, Rafael foi encaminhado para a Unidade de Queimados do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde passou por avaliou médica. No entanto, não foi necessário internação.

Rafael está sendo acompanhado por médicos da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e está recebendo antibióticos. Por causa do ferimento, o menino precisa que o curativo seja trocado várias vezes ao dia.

“Não tem como eu trabalhar, eu tenho que fazer os curativos e eu não posso toda hora ir até o postinho pra fazer o curativo. Então, eu estou cuidando dele em casa desde o ocorrido. Estou cuidando do meu filho”, diz.

Susto
A mãe relata que ficou muito assustada ao ver a situação do ferimento. Segundo Hildeni, o menino frequenta a creche desde o início do ano e nunca houve nenhuma queixa contra o serviço. No entanto, a diarista planeja tirar o filho da unidade, que fica a poucas quadras da casa da família. “Pra lá ele não volta. Eu vou ver o que eu posso fazer ainda.”

Hildeni considera que a funcionária foi negligente e espera que o caso sirva de alerta para que outras crianças não passem pelo sofrimento de Rafael.

Procurada, a Delegacia Seccional de Ribeirão Preto informou que a Delegacia da Mulher vai investigar o caso.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação apura os fatos e prestando todo respaldo à família da criança e à unidade escolar.

Reprodução: G1