O banco Safra assinou no fim da manhã dessa quarta (1) um acordo com Ministério Público de São Paulo para não sofrer uma ação na Justiça por ter recebido dinheiro desviado das obras públicas da avenida Jornalista Roberto Marinho e túnel Ayrton Senna, durante a gestão do ex-prefeito Paulo Maluf (PP).
O banco se comprometeu a pagar US$ 10 milhões para a Prefeitura de São Paulo.
(Correção: Ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que a devolução do banco seria de R$ 10 milhões. O valor é de US$ 10 milhões. A reportagem foi corrigida às 11h04.)
Paulo Maluf e familiares movimentaram pelo menos US$ 344 milhões em diversos países (EUA, Suíça, França, Inglaterra, Jersey, Luxemburgo).
No Safra, em Nova York, foram mais de US$ 100 milhões, por intermédio do doleiro Vivaldo Alves. Os bancos, todavia, não são acusados de nenhum crime até o momento. A quantia acertada deve-se ao pagando de indenização por dano moral coletivo, buscando evitar discussões sobre a movimentação do dinheiro que Maluf desviou.
Com esse acordo, o total ressarcido chega a US$ 55 milhões, sendo US$ 20 milhões do Deutsche Bank (alemão), US$ 15 milhões do Citibank (americano), US$ 10 milhões do UBS (suíço) e agora US$ 10 milhões do Safra New York (norte-americano).
"Trata-se de um acordo de valor significativo que evita longas discussões estéreis e ao mesmo tempo garante a construção e a reforma de creches no Município de São Paulo", afirmou o promotor paulista Silvio Marques.
A assessoria de Maluf afirmou que ele não vai se pronunciar. Maluf foi prefeito de São Paulo de 1969 a 1971 e teve uma segunda gestão como prefeito, de 1993 e 1997.
Reprodução/G1