Deflagrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) na manhã desta quinta-feira (14), o vice-prefeito do município de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, Leonardo Araujo Pacheco foi alvo da Operação Adsumus.
A operação foi articulada pelos promotores de Justiça da comarca de Santo Amaro, por membros do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e integrantes da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e conta ainda com o apoio de policiais civis do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e Centro de Operações Especiais (COE).
O objetivo é combater fraudes em licitações, além de crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Além de Santo Amaro, a operação também acontece em Lauro de Freitas, Camaçari e Salvador.
Serão cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, requeridos pelo MP-BA e deferidos pela Vara Crime de Santo Amaro.
Fraudes
Apurações da Promotoria de Justiça descobriram que a organização criminosa nasceu dentro da Secretaria de Obras e os crimes foram cometidos por uma organização que envolve empresários e agentes públicos da prefeitura de Santo Amaro. Foi constatado, inclusive, que as ações eram implementadas com o aval do vice-prefeito do município. Desde 2011, empresários e agentes públicos movimentaram juntos milhões em contratos de obras públicas que se arrastaram ao longo dos anos, com justificativas de prorrogações “forjadas”.
A fraude consistia no favorecimento de um grupo de empresas para a compra de materiais e locação de máquinas, que seriam utilizadas nas obras prorrogadas indefinidamente sem justificativas plausíveis. O valor não foi informado.
A partir das investigações, verificou-se intensa movimentação financeira concentrada pelas Empresas Grauthec Construtora Ltda, Oliveira Santana Construções, Serv. Bahia Locações de Máquinas e Equipamentos Ltda e Real Locações de Máquinas e Equipamentos Ltda que venceram licitações para vultuosas obras ocorridas ao longo dos anos de 2011 e seguintes.
Também foi verificada a compra de materiais de construção, exclusivamente, na empresa Ayres Materiais de Construção Ltda.
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