Dois vereadores de Bom Jesus da Lapa, no oeste do Estado, registraram, nesta quinta-feira (23), uma queixa-crime contra o prefeito daquele município e também presidente da UPB, Eures Ribeiro. Segundo os autores da denúncia, o gestor teria proibido os dois parlamentares de terem acesso às repartições públicas, as quais ambos vinham fiscalizando e denunciando as irregularidades da administração. “Como fazemos sempre, hoje tentamos visitar uma escola da rede municipal para mostrar como a unidade está funcionando de forma precária, mas fomos barrados na entrada e surpreendido com a notícia de que eram ordens do prefeito. Ao fazer isso, Eures infringe a Lei Orgânica do Município, da Constituição Estadual e Federal (Artigo 31), que assegura ao vereador a prerrogativa legal de fiscalizar repartições municipais, sem nenhuma restrição”, argumentou o vereador Neto Magalhães. Ele classificou a medida como “ato desesperado e arbitrário”. Para ele, essa é uma tentativa de ocultar as irregularidades da gestão e de amordaçar a oposição. “Para quem anunciou recentemente que a prefeitura tem em caixa mais de R$ 10 milhões, ele não deveria estar com medo de mostrar a realidade, pois presume-se que tudo esteja no lugar. Então, por que tentar atrapalhar o trabalho dos vereadores?”, indaga.
Já o vereador Jair do Leocádio, que também foi impedido de entrar na escola, questionou: “se está tudo tão perfeito na administração, como o prefeito insiste em dizer, por que ele está com medo de que a oposição mostre a realidade? Que gestão é essa que só aceita elogios e aplausos, mas não ouve as críticas? Quer dizer que os aliados podem entrar e sair, mas a oposição é proibida de trabalhar? Isso é um absurdo”, disse.
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