O vereador Jamil Ocke, preso desde março, teve o mandato extinto na Câmara de Vereadores de Ilhéus, sul da Bahia, na terça-feira (8), porque ficou afastado por mais de 120 dias do trabalho legislativo.
A regra está no regimento da Casa. A extinção foi determinada pela assessoria jurídica da Câmara e cabe recurso. Com a extinção, o vereador Luiz Carlos Escuta (PP), que havia assumido o mandato após a prisão, agora é titular do mandato.
Jamil Ocke foi preso durante uma operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) por suspeita de envolvimento em um esquema de superfaturamento que desviou R$ 20 milhões da prefeitura da cidade. Ele foi o vereador mais votado na cidade nas eleições municipais de 2016.
Ocke é ex-secretário de Desenvolvimento Social da cidade e foi eleito vereador no último pleito, em 2016, com 2.330 votos.
Intitulada "Citrus", a operação cumpriu ainda seis mandados de condução coercitiva e 27 de busca e apreensão, que aconteceram em casas, empresas e prédios públicos, como a Câmara de Vereadores de Ilhéus. O objetivo da ação foi desarticular um grupo criminoso que praticava fraudes e superfaturamentos em procedimentos licitatórios realizados pela prefeitura do município.
Além de Ocke, também foram presos na operação o ex-secretário Kácio Clay Silva Brandão, e o empresário Enoch Andrade. O G1 não conseguiu contato com o vereador Jamil Ocke até a publicação desta reportagem.
Reprodução/G1