O vereador José Carneiro, do PSDB, foi eleito na manhã desta segunda-feira (21) como presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana. Ele obteve 17 votos, maioria absoluta dos 21 vereadores. Se abstiveram de votar Roberto Tourinho, Tom e Eremita Mota. A vereadora Cintia Machado não compareceu à sessão. Justiniano França, que é titular do cargo, também não apareceu na sessão. A eleição realizada hoje foi para escolher apenas o novo presidente da Câmara. A mesa diretora não muda. O vereador Ewerton Carneiro (Tom) continua como primeiro vice-presidente e o vereador Marcos Lima, o segundo. Logo após ser eleito presidente da Câmara de Feira de Santana, o vereador José Carneiro informou que não fará exonerações.
“Não temos motivos para exonerar. Precisamos ver como está a situação da Câmara Municipal, pois ainda estou ausente da situação administrativa da Casa”, afirmou.
Ele disse também não será presidente de um grupo e sim de todos os vereadores e que acredita que vai fazer um mandato com dignidade, respeitando a todos. Questionado se o poder executivo teve influência na eleição dele para presidir a Casa, José Carneiro disse que outras forças quiseram influenciar na eleição, mas não conseguiram, se referindo a Eremita Mota. A vereadora Eremita Mota, que se absteve da votação, afirmou que o prefeito José Ronaldo teve um comportamento tendencioso em indicar alguém do agrado dele. Ela disse que inicialmente foi procurada pelo vereador Tom para votar nele, mas que também teve uma conversa com Roberto Tourinho, que era seu candidato preferido. “Roberto Tourinho conversou com o prefeito e não sentiu boa vontade para apoiá-lo na eleição”, afirmou.
“Não me cobrem absolutamente nada”. Tanto no pronunciamento no plenário da Câmara como em entrevista a imprensa, o vereador Roberto Tourinho foi claro ao se expressar na sessão de hoje, mostrando independência. Ele disse que entregou todos os cargos que tinha no governo José Ronaldo de Carvalho. Mas, ao ser perguntado se iria para a oposição ou se seria independente, ele não confirmou.
“Meu papel foi entregar os cargos para deixar o governo à vontade. Eu não poderia fazer um discurso e ter um comportamento diferente. Vou continuar fazendo política, como sempre fiz a vida inteira. Não precisa nem ser governo, nem oposição. É preciso ter ética”, afirmou.
Reprodução: Acorda Cidade