Bahia

Uso de planta da Caatinga para produção de repelente é estudado por professores e pesquisadores da Uesb

Repelente à base de óleos essenciais produzido a partir do cróton, planta nativa da Caatinga brasileira

Divulgação / Uesb
Divulgação / Uesb

Um repelente à base de óleos essenciais produzido a partir do cróton, planta nativa da Caatinga brasileira, está sendo estudado por pesquisadores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Três espécies são estudadas no Laboratório de Pesquisas de Inseticidas Naturais (Lapin) e no Laboratório de Pesquisas e Produtos Naturais (Lapron): o linearifolius, argyrophyllus e o tetradenius.
 
Coordenado pelas professoras e pesquisadoras Simone Gualberto e Débora Cardoso da Silva, vinculadas ao Departamento de Ciências Exatas e Naturais (DCEN) do campus de Itapetinga, o estudo foi identificado por meio da pesquisa Etnobotânica, um ramo que trata as relações das comunidades tradicionais com as plantas do seu convívio, realizada na Floresta Nacional de Contendas do Sincorá.
 
“Como a gente trabalha com inseticidas e repelentes, a gente vai para essas comunidades para saber o que usam como repelente, como inseticida na casa ou, até mesmo, no campo. E toda essa população tem, em casa mesmo, no próprio quintal, várias plantas que utilizam no dia a dia. Então, a primeira etapa que a gente faz, quando queremos trabalhar com espécies nativas, é fazer esse levantamento etnobotânico na comunidade e trazer para o laboratório para estudar”, explica Gualberto.
 
De acordo com as professoras, essa pesquisa só foi possível a partir do conhecimento popular. “Nós precisamos dos indígenas, sertanejos, quilombolas que tenham esse conhecimento tradicional que está sendo passado. Por isso, é importante a preservação do espaço e do ambiente deles. Isso é fundamental, senão vai se perder”, concluiu Silva.