Após mais de dois meses em greve, os professores das universidades estaduais da Bahia firmaram um acordo com o governo para que as atividades sejam retomadas. Por meio da Secretaria de Relações Institucionais (Serin) e da Secretaria da Educação do Estado (SEC), a gestão do governador Rui Costa (PT) assinou um termo de compromisso com representantes do Fórum da Associação dos Docentes, que contempla professores da Uneb, Uefs, Uesb e Uesc. Membros da Comissão de Educação e também o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Rosemberg Pinto (PT), também assinaram o acordo.
No documento, as entidades definiram que, após o fim da greve, o governo deverá enviar um projeto de lei com proposta de reestruturação do quadro de vagas de carreira de professor para a AL-BA, permitindo até 900 promoções. Além disso, serão garantidos R$ 36 milhões para que as quatro universidades baianas apliquem em investimentos.
Outro ponto definido foi o pagamento dos salários atrasados mediante a reposição das aulas — o governo havia cortado o salário dos professores grevistas. A proposta é que, se a greve chegar ao fim até a próxima sexta-feira (14), o Estado vai garantir o pagamento integral do salário referente a junho de 2019 e, com a execução do plano de reposição das aulas, também será pago o salário referente ao mês de maio junto ao mês de julho, e os dias de greve do mês de abril junto ao pagamento de agosto.
Além disso, até 72 horas após o fim da greve, uma nova mesa de negociação deverá ser instalada com outras secretarias de Estado, a exemplo da Fazenda (Sefaz) e Administração (Saeb) para discutir outras reivindicações das ADs.
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