O Ministério Público do Distrito Federal pediu esclarecimentos à Uber sobre o vazamento de dados pessoais de usuários brasileiros, após a empresa de transporte executivo ter revelado, em novembro do ano passado, que as informações de 57 milhões de clientes e motoristas de todo o mundo tinham sido roubadas.
Ao órgão, o aplicativo pediu um prazo de 15 dias para apresentar as explicações "diante da complexidade de obter os dados". No site da Uber, consta a informação de que a violação de dados teria afetado cerca de 196 mil usuários do Brasil. A empresa, no entanto, afirma que o número ainda "não é exato e nem definitivo".
Questionada sobre o pedido do MP, a Uber afirmou em nota ao G1 que "já recebeu o ofício do MPDFT solicitando esclarecimentos e responderá fornecendo todas as informações necessárias".
Quem investiga
O documento do Ministério Público foi redigido pela Comissão de Proteção dos Dados Pessoais e divulgado na última sexta-feira (2). Para o coordenador da comissão, Frederico Meinberg, a atuação foi necessária "diante da gravidade dos fatos. Nos Estados Unidos e em países da Europa foram abertas investigações contra a Uber, mas na América Latina, não”.
G11/// A. /Figueiredo